Primordialmente, os transtornos alimentares estão ligados a uma preocupação excessiva com o peso e a aparência do corpo. Além disso, trazem consequências graves para o indivíduo, das quais podemos citar problemas no rins, coração, podendo até levar à morte.
Em geral, eles costumam acometer mais mulheres do que homens, especialmente durante a adolescência, e costumam estar ligados a problemas como a ansiedade, depressão e até uso de drogas.
Atribui-se o aumento da incidência dos transtornos alimentares em indivíduos do sexo feminino a mudanças nos padrões de beleza e as exigências sociais atuais.
Portanto, atualmente, segundo estudos, evidencia-se a cultura do emagrecimento, na qual, para obter aceitação social, a mulher deve estar dentro de um padrão estético imposto pela sociedade!
Mas afinal, o que realmente são e quais as causas de um transtorno alimentar?
Transtornos alimentares
Em suma, os transtornos alimentares têm como característica a irregularidade no comportamento alimentar, podendo levar a situações de emagrecimento extremo, ou a obesidade. Em outras palavras, caracteriza-se por mudanças nas formas que as pessoas enxergam seu corpo, levando-as a adotar medidas extremas para se sentirem melhores.
Entre os principais tipos de de transtorno alimentar, podemos incluir a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa, que tem algumas características em comum: Intensa preocupação como o peso e o medo excessivo de engordar, com percepção distorcida da forma corporal, e o julgamento de si próprio atrelada a forma física.
Por fim, alguns autores costumam associar os transtornos alimentares como síndromes, ligadas a culturas de algumas sociedades atuais. O que se sabe, é o seguinte: os tipos mais comuns do distúrbio tem uma prevalência maior entre mulheres jovens de países ocidentais, principalmente as que pertencem às camadas sociais mais privilegiadas!
Contudo, não se descarta aspectos biológicos, psicológicos e familiares, associados ao problema.
Além dos tipos de transtornos alimentares citados anteriormente, temos ainda outros tipos, das quais podemos incluir: Síndrome de gourmet, Vigorexia, transtorno de comer compulsivo e a obesidade.
Dessa forma, como é a atuação do psiquiatra na identificação e tratamento de transtornos alimentares?
Psiquiatra especializado em transtornos alimentares
O psiquiatra especializado em transtornos alimentares levará em consideração todos os sintomas, bem como sua frequência e há quanto tempo eles vêm se manifestando. Pela complexidade da identificação do problema, o ideal é que o diagnóstico seja feito por um profissional habilitado, com um bom manejo clínico.
Portanto, geralmente o psiquiatra especializado solicitará uma série de testes e exames, que geralmente incluem:
- Exames físicos: o médico psiquiatra irá examiná-lo para descartar outras causas médicas para seus problemas alimentares. Além disso, pode ainda solicitar alguns testes de laboratórios;
- Avaliação psicológica: Em síntese, o médico ou profissional perguntará sobre seus pensamentos, sentimentos e hábitos alimentares. Você também pode ser solicitado a preencher questionários de autoavaliação psicológica.
- Testes adicionais: Outros testes ainda podem ser realizados para verificar se há complicações relacionadas ao seu transtorno alimentar.
Assim, com todos os exames e testes em mãos, o psiquiatra especializado em transtornos alimentares realizará o diagnóstico, com base em tudo o que você apresentou durante os testes.
Equipe multidisciplinar
Portanto, uma vez realizado o diagnóstico, o psiquiatra especializado em transtornos alimentares envolverá nutricionistas, endocrinologistas e psicólogos no tratamento do paciente. Ou seja, uma equipe multidisciplinar. Além disso, a equipe acompanhará o paciente e sua evolução constantemente.
Todas as técnicas empregadas em conjunto trarão benefícios como:
- Diminuição do sintomas;
- Menos sentimento de culpa;
- Melhora na autoestima;
- Equilíbrio de peso;
- Mudanças na alimentação e no corpo;
- Maior autocontrole;
- Menor sentimento de culpa.
Nesse sentido, o tratamento deve ser feito prestando-se atenção em todos os detalhes, devido ao fato que este tipo de patologia não tende a regredir sozinho. Pelo contrário, com o passar do tempo, os sintomas aumentam, juntamente com a perda de controle de toda situação.
Atualmente, uma das grandes dificuldades do tratamento é que em geral, a maioria dos pacientes demora muito para buscar acompanhamento. De forma geral, a doença acaba se agravando muito, o que dificulta ainda mais qualquer tipo de tratamento.
Outros transtornos recentes
De acordo com pesquisas recentes, feitas pelas comunidades médicas de psiquiatras, desde 2013, outros problemas passaram a fazer parte dos transtornos alimentares. Dessa forma, é o caso do Transtorno Alimentar Evitativo Restritivo. Esse transtorno caracteriza-se pela baixa ingestão de alimentos, levando a uma magreza excessiva como a anorexia nervosa, contudo, sem a preocupação exagerada com o corpo. Assim, a pessoa não emagrece por querer ficar magra e sim por não querer comer.
Além disso, psiquiatras ressaltam a necessidade de ficar atento aos repetidos episódios de transtornos alimentares. Por exemplo, no Transtorno de Compulsão Alimentar, citado anteriormente, basta apenas um episódio por semana para levar ao paciente a um grande sofrimento por estar, ou se achar acima do peso. Nesse sentido, o paciente busca de todas as formas “tirar” aquilo do seu corpo, apelando para métodos com laxantes, exercícios físicos em exagero e diuréticos.
Todos esses métodos acabam gerando graves prejuízos à saúde, impactando a vida social e profissional do indivíduo.
Por fim, se você apresentar ou conhecer qualquer pessoa que apresente qualquer sintoma relacionado aos transtornos alimentares, busque ajuda imediata de um psiquiatra especializado em transtornos alimentares. Eles saberão como agir e te darão todos os direcionamentos!
Ficou alguma dúvida sobre a atuação do médico psiquiatra nos transtornos da ansiedade? Entre em contato com a gente e tire todas as suas dúvidas!

INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dra. Olivia Pozzolo Psiquiatra especialista em transtornos mentaisFormada pela Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e com residência em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina do ABC - FMABC.
Registro CRM-SP nº 186706.