O transtorno bipolar é um distúrbio psiquiátrico que provoca constantes variações no humor do paciente, interferindo negativamente nas relações pessoais e profissionais. Para que o paciente consiga lidar com a condição é essencial ter o acompanhamento de uma psiquiatra especializada em transtorno bipolar.
O transtorno afetivo bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar dessa incidência, a condição costuma ser banalizada pelas pessoas, fazendo com que o paciente interprete suas mudanças de humor como algo que deve ser corrigido por conta própria. Isso faz com que a avaliação da psiquiatra especializada em transtorno bipolar seja postergada e, consequentemente, a qualidade de vida do indivíduo.
Quando procurar uma psiquiatra especializada em transtorno bipolar?
O paciente deve recorrer à psiquiatra especializada em transtorno bipolar quando notar um ou mais dos sintomas característicos da condição. No entanto, é importante ter em mente que cada fase de transtorno afetivo bipolar — como o distúrbio também é chamado na medicina — possui um conjunto de sintomas específicos.
Portanto, faz-se necessário entender quais são os indícios mais recorrentes em cada fase do transtorno bipolar para verificar o momento certo de buscar a orientação médica especializada.
Antes de mais nada, é essencial ressaltar que os sintomas do transtorno bipolar podem variar em suas características, frequência e intensidade dependendo do caso. Apesar disso, existem alguns fatores que são próprios de cada fase do distúrbio bipolar. Saiba mais a seguir:
Sintomas da fase de euforia (ou mania)
Neste tipo de transtorno bipolar o paciente fica em um estado de exaltação do humor e da energia de maneira súbita e sem relação direta com o momento que está vivendo, podendo durar dias ou meses.
Apesar disso, o indivíduo costuma atribuir as variações de humor a algum fator momentâneo, sem perceber que se trata de um distúrbio psiquiátrico. Sendo assim, os sinais que esse paciente pode apresentar são:
- Hiperatividade;
- Falta de atenção;
- Falta de inibição;
- Compulsão alimentar;
- Explosões de fúria e raiva;
- Aumento da impulsividade;
- Comportamento sexual arriscado;
- Ocupação com atividades variadas;
- Senso crítico prejudicado ou ausente;
- Ingerir bebidas alcoólicas em excesso;
- Humor irritável, arrogante, jocoso ou eufórico;
- Atitude obsessiva com determinados assuntos;
- Perda de controle sobre suas atitudes cotidianas;
- Envolvimento recorrente e imprudente em atividades de risco;
- Pensamentos de que se é melhor que os demais (mania de grandeza).
Sintomas da fase de hipomania
A psiquiatra especializada em transtorno bipolar caracteriza um paciente com bipolaridade em fase hipomaníaca quando ele apresenta um estado de mania leve e que não acarreta prejuízos para sua vida pessoal ou profissional.
Por conta disso, alguns indivíduos que estão nessa fase não aderem ao tratamento como deveriam, abrindo caminho para que a fase de mania se desenvolva e se instale.
Também vale a pena destacar que a hipomania bipolar não é um estágio mais seguro por ser menos nocivo que o de euforia. Logo, é necessário ficar atento aos seguintes sinais:
- Facilidade em se distrair;
- Falar mais do que o habitual;
- Tomar decisões sem cautela;
- Necessidade de sono reduzida;
- Energia excessiva ao realizar atividades cotidianas;
- Acordar disposto mesmo após poucas horas de sono;
- Humor exagerado, com tendência a fazer comentários engraçados em momentos inoportunos.
Sintomas da fase de depressão
A psiquiatra especializada em transtorno bipolar pode dividir a fase de depressão bipolar da seguinte maneira:
- Depressão bipolar tipo 1: quando os episódios são intercalados com momentos de euforia;
- Depressão bipolar tipo 2: quando os episódios são intercalados com momentos de hipomania.
Geralmente, os sintomas da depressão bipolar são similares aos da depressão comum, ou seja, quando o paciente não apresenta variações no humor. São eles:
- Irritabilidade;
- Raciocínio lento;
- Lentidão motora;
- Falta de energia;
- Falta de iniciativa;
- Sensação de vazio;
- Rotina de sono irregular;
- Ausência de prazer na vida;
- Pouca ou nenhuma disposição;
- Tristeza prolongada ou constante;
- Irregularidade ou ausência de apetite.
Como é feito o tratamento do transtorno bipolar?
O tratamento adequado para cada paciente com transtorno bipolar dependerá das características da condição, bem como de seu estado de saúde e de seu histórico familiar. Por isso, o tratamento só pode ser definido após o diagnóstico realizado pela psiquiatra especializada em transtorno bipolar.
No geral, a abordagem terapêutica utilizada combina a medicação e a psicoterapia. Os remédios prescritos no tratamento da bipolaridade são os antipsicóticos atípicos, estabilizadores de humor e os antidepressivos.
No caso do tratamento psicoterapêutico as técnicas mais adotadas são a terapia focada na família, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), psicoeducação e terapia de ritmos interpessoais e sociais.O tratamento estabelecido pela psiquiatra especializada em transtorno bipolar é de extrema importância para o melhor controle das mudanças de humor e recuperação da qualidade de vida do paciente.
Caso queira saber mais sobre o transtorno bipolar e suas formas de tratamento, entre em contato e agende uma consulta na clínica da Dra. Olívia Pozzolo.

INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dra. Olivia Pozzolo Psiquiatra especialista em transtornos mentaisFormada pela Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e com residência em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina do ABC - FMABC.
Registro CRM-SP nº 186706.