Psiquiatra especializada em transtornos do sono

Dra. Olivia Pozzolo Psiquiatra especialista em transtornos mentais

É cada vez mais comum a queixa de pacientes que procuram ajuda profissional por não conseguirem dormir bem, sendo que a maioria costuma dormir menos do que o corpo precisa, o que em algum momento acaba gerando consequências. 

Além da correria do dia a dia, do estresse e preocupações pontuais, existem questões de saúde que também influenciam diretamente na qualidade do sono, que são os chamados transtornos do sono.

Basicamente, esses distúrbios se dividem em quatro categorias principais:

  • Dificuldade de adormecer ou permanecer dormindo;
  • Dificuldade em se manter acordado durante o dia;
  • Dificuldade em manter uma rotina regular de sono;
  • Comportamentos incomuns durante o sono.

Transtornos do sono mais comuns 

  • Apneia do sono

Consiste na obstrução do fluxo de ar na garganta durante o sono e, com isso, a pessoa deixa de respirar adequadamente por diversas vezes nesse período, sendo um quadro potencialmente grave. 

Uma das principais características desse quadro é o ronco, e a pessoa passa a se sentir cansada e sonolenta durante o dia. Dentre os principais fatores para a apneia do sono estão a obesidade, amígdalas aumentadas, circunferência do pescoço e alterações craniofaciais. 

  • Insônia

Caracterizada pela dificuldade em pegar no sono ou permanecer dormindo, a insônia faz com que o indivíduo muitas vezes desperte antes do horário desejado. Com isso, ele passa a sofrer com os sintomas da falta de um sono reparador, como cansaço, lentidão, dificuldade de concentração, irritabilidade, dores de cabeça e no corpo. 

As causas para a insônia podem ser diversas, desde maus hábitos noturnos, como o consumo de cafeína à noite, até o costume de tirar sonecas durante o dia, a falta de regularidade nos horários de acordar e dormir, trabalho noturno, ou ainda por preocupações, expectativas pontuais ou transtornos de ansiedade.

  • Narcolepsia

Essa é uma condição marcada pela sonolência súbita e incontrolável, que pode acontecer em qualquer momento do dia sem causa aparente. Isso ocorre pela insuficiência de um neurotransmissor no hipotálamo chamado orexina, ou hipocretina, fazendo com que a pessoa simplesmente apague num segundo. 

Basicamente, existem dois tipos de narcolepsia, o tipo 1 é o mais perigoso, uma vez que pode vir acompanhado da cataplexia, gerada por emoções profundas, com a perda parcial ou total do tônus muscular. Já o tipo 2 pode ser controlado com períodos de soneca durante o dia.

Além da sonolência durante o dia, o sono fragmentado à noite e a cataplexia, essa condição também pode causar outros problemas, como a paralisia do sono, que consiste na incapacidade temporária de se movimentar ou de falar ao acordar, ou seja, o cérebro desperta enquanto os músculos continuam dormentes, e alucinações ao dormir (hipnagógicas) ou acordar (hipnopômpicas). 

  • Síndrome das pernas inquietas

Apesar de ser um distúrbio do sono, essa síndrome começa no período de vigília, ou seja, antes de pegar no sono. Ela consiste num desconforto sentido nas pernas, às vezes também nos braços, que pode se manifestar como uma dor, aperto, agitação ou sensação de ser beliscado, podendo ser aliviado somente com a movimentação dos membros.

Essa condição pode dificultar o início do sono ou fazer a pessoa acordar por diversas vezes durante a noite com esse sintoma.

Parassonias

As parassonias são transtornos do sono que se manifestam por eventos psicológicos ou comportamentos anormais no início, durante e no despertar do sono. Os principais tipos de parassonias são:

  • Despertar confusional: acontece logo ao acordar, quando o indivíduo permanece num estado de confusão mental por um tempo mesmo após se levantar.
  • Sonilóquio: falar enquanto dorme.
  • Sonambulismo: despertar parcial, geralmente no sono profundo, com comportamentos automáticos, como levantar da cama, caminhar ou praticar alguma atividade enquanto dorme.
  • Terror noturno: normalmente em crianças, consiste em episódios de pânico nas primeiras horas de sono.
  • Pesadelos: sonhos perturbadores normalmente ligados a sentimentos de medo e ansiedade.
  • Paralisia do sono.
  • Bruxismo noturno: hábito involuntário de pressionar fortemente a mandíbula e, às vezes, ranger os dentes.
  • Enurese noturna: perda do controle da bexiga, ocasionando no hábito de urinar durante o sono.

Psiquiatra especializada em transtornos do sono

O tratamento de cada transtorno do sono depende da sua causa e gravidade. Entretanto, quando se tem um diagnóstico de insônia, por exemplo, que é o principal distúrbio, muitas vezes existe uma ligação com outros transtornos desencadeantes que também devem ser tratados, como um quadro de ansiedade ou depressão.  

Além disso, em alguns casos, pode ser necessária a intervenção medicamentosa com efeito sedativo ou com soníferos, a fim de contribuir para a higiene do sono do paciente. Assim como, o aconselhamento por meio da terapia cognitivo-comportamental, que também deve ser integrado ao processo, dependendo do quadro.

Vale ressaltar que existem soníferos de venda livre, mas isso não significa que sejam mais seguros do que os prescritos pelo médico. Portanto, o paciente nunca deve se automedicar e, para um tratamento adequado, contar com o acompanhamento do seu psiquiatra.

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dra. Olivia Pozzolo Psiquiatra especialista em transtornos mentais

Formada pela Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e com residência em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina do ABC - FMABC.
Registro CRM-SP nº 186706.