Depressão: Causas, sintomas e tratamentos
Doença mental que atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades, a depressão é considerada por muitos, o mal do século. No Brasil, estima-se que 5,8% da população seja afetada pela doença.
Dessa forma, por ser um transtorno aparentemente “novo”, muitos confundem depressão com tristeza. A tristeza pode ocorrer desencadeada por algum acontecimento cotidiano. Em outras palavras, o indivíduo sofre até assimilar o que aconteceu, e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias!
Contudo, um quadro depressivo, caracteriza-se pela duração constante da tristeza. Assim, se não for tratada adequadamente, pode piorar e levar a consequências maiores.
Mas afinal, você sabe o que é depressão? Saberias identificar um quadro depressivo?
Depressão
Em suma, no âmbito da medicina, considera-se depressão uma doença psiquiátrica que tem como sintomas tristeza profunda, ausência de ânimo e oscilações de humor constantes, além de distúrbios de sono e apetite.
Como dito anteriormente, pode ser confundida com outros transtornos, como a ansiedade. Dessa forma, é de extrema importância um diagnóstico preciso e acompanhamento médico.
Em síntese, pessoas que não possuem a doença, sempre encontram um jeito de superar a adversidade. Porém, em quadros depressivos, a tristeza não dá trégua, mesmo sem causa aparente. O humor permanece deprimido por praticamente todo o tempo.
Assim, surgem os quadros de intensidade, que medem o nível de depressão no paciente. São três: Leves, moderados e graves.
Além disso, vale salientar que a depressão não é algo que atinge apenas adultos: crianças e adolescentes podem ser acometidos também!
Dessa forma, quais são os principais sintomas relacionados?
Sintomas comuns da depressão
Antes de mais nada, é importante salientar que não é preciso ter vergonha de expressar diante do profissional, os sintomas que você está vivenciando. Baseados nesses dados, os profissionais vão elaborar o melhor tratamento, para você retornar a vida saudável, com alegria e bem estar!
Em suma, os sintomas dividem-se entre emocionais e físicos.
Físicos
Entre os mais frequentes, podemos citar:
- Queda da imunidade;
- Dores no corpo;
- Cansaço excessivo;
- Pressão no peito;
- Dores de cabeça.
Emocionais
Assim, além dos físicos, temos as respostas emocionais, caracterizadas por:
- Apatia e falta de motivação;
- Alto grau de pessimismo;
- Raciocínio lento;
- Esquecimento;
- Ansiedade;
- Angústia;
- Tendências suicidas;
Diante de tudo apresentado, você sabe o que causa a depressão? O que leva um indivíduo a apresentar os sintomas acima e desenvolver um quadro depressivo?
Principais causas da depressão
Antes de mais nada, ao contrário do que muitas pessoas pensam, os fatores psicológicos e sociais, são, muitas vezes, consequências e não causas da depressão.
Muitos estudos sugerem uma predisposição genética. Portanto, não se sabe ao certo o que ocorre no cérebro durante um episódio depressivo. Contudo, sabe-se que a fisiologia neural funciona de maneira diferente. Além disso, o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição.
Assim, surgem os gatilhos, que são fatores que facilitam o aparecimento da patologia. Entre os mais comuns, podemos citar:
- Uso de medicações específicas: alguns medicamentos como corticóides, podem aumentar o risco de desenvolvimento de um quadro depressivo.
- Abuso: Qualquer tipo de abuso, seja ele físico ou emocional, aumenta a vulnerabilidade psicológica, podendo levar a depressão.
- Genética: Como dito anteriormente, a genética pode ser um fator predominante em alguns casos. Um histórico familiar de depressão pode aumentar as chances de desenvolver a doença.
- Abuso de substâncias: Em suma, segundo estudos, aproximadamente 30% das pessoas que possuem algum vício em substâncias, correm um risco maior de desenvolver a doença.
- Doenças graves: Muitas vezes, a depressão vem junto com uma doença grave, por exemplo, o câncer. Analogamente, pode estimular o aparecimento.
Em seguida, existem ainda diversos distúrbios relacionados à depressão.
Tipos de depressão
Em síntese, existem diversos tipos de depressão. Todos tem como característica comum a tristeza extrema, diferenciando-se em alguns aspectos. Dessa forma, citamos:
- Transtorno depressivo maior
Antes de mais nada, é o quadro mais grave da depressão, e está intimamente ligado à herança genética. Dessa forma, há uma mudança química no funcionamento do cérebro, que desencadeia-se por causa física ou emocional.
- Depressão Bipolar
Em suma, existem fases dentro do transtorno bipolar que também são consideradas um subtipo de depressão. O paciente apresenta euforia e momentos de tristeza extrema.
- Episódio Depressivo
Em síntese, considera-se episódio depressivo aquele período de tempo em que a pessoa apresenta alteração em seu comportamento. Apresenta sintomas como falta de energia, alteração do sono e apetite,etc.
- Distimia
Forma crônica da depressão. Contudo, menos grave do que a forma mais conhecida da doença. Com distimia, o paciente apresenta quadros depressivos por um longo período de tempo, anos ou mais.
- Depressão sazonal
Geralmente, ligadas às épocas do ano. Final de ano com promessas não cumpridas, ansiedade pelo novo ano, são alguns dos momentos que ela se manifesta.
- Depressão Pós parto
A princípio, muitas novas mães experimentam alterações de humor e crises de choro após o nascimento do bebê. Contudo, elas costumam desaparecer com o tempo.
- Depressão psicótica
Antes de mais nada, este tipo de depressão alia a tristeza a outros sintomas, como delírios e alucinações. Dessa forma, é um tipo de depressão grave; contudo, costuma ser raro, Geralmente, desenvolve-se em famílias que já tenham histórico de psicopatia.
Por fim, como é feito o diagnóstico da doença?
Diagnóstico e tratamento
Atualmente, as pessoas têm dúvidas se estão ou não com um quadro depressivo. Dessa forma, muitas têm vergonha de procurar auxílio médico.
Todo o diagnóstico é feito com base nos sintomas apresentados, em como a pessoa apresenta-se fisicamente e emocionalmente. Portanto, o especialista em psiquiatria precisa fazer uma avaliação das condições que levam ao desenvolvimento do quadro.
Por fim, o tratamento da depressão inclui o uso de medicamentos e terapias.
O tratamento com medicamentos, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, não é viciante. A terapia é simples, e de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
Além disso, outra técnica usada é a psicoterapia. Ela auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão na resolução de conflitos!
Quer saber mais sobre tratamentos da depressão e tirar todas as suas dúvidas? Entre em contato com a gente!
Artigo escrito pela Dra. Olivia Pozzolo
Psiquiatra especializada em transtornos psiquiátricos e históricos de abuso de substâncias como álcool e drogas.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dra. Olivia Pozzolo Psiquiatra especialista em transtornos mentaisFormada pela Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e com residência em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina do ABC - FMABC.
Registro CRM-SP nº 186706.